Subiu pra pegar uma goiaba
Uma espingarda alguém apontou
E atirou sem fazer esforço
O moleque leva um tiro de caroço
Cujo olho esquerdo estourou
Então metade do mundo que via
Simplesmente não existia
Olhou pro fazendeiro
Sua raiva transbordava
Em um ataque sorrateiro
Roubou-lhe a maldita espingarda
Ao ver que não tinha bala, usou como porrete
Sem piedade, desceu-lhe o cacete
Até o homem cair
Não parava de bater
Sua raiva estava a gritar
E o seu sangue a ferver
Ao ver o homem caído, olhou em volta
Não viu ninguém
E pensando mais além
Foi embora amargurado
Depois de tanto esforço
Pegou a estrada torta
Restou-lhe uma goiaba no bolso
E a morte batendo à porta
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