- Quem são meus verdadeiros inimigos?
Ele pensou
E encontrou uma resposta que o deixou satisfeito
- Meus inimigos? São aquelas putas...
- E seus malditos filhos!
Desembrulhe e boa leitura
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Sorte... Sorte? Azar? Mas que diabos?
Desde pequeno, achei que era uma pessoa com sorte. Achei que era sorte ter nascido com curiosidade sobre o mundo e um raciocínio que parecia que outras pessoas não possuíam. Essa inteligência me permitiu compreender a maioria das coisas que me eram ensinadas e tirar boas notas nas provas da escola. Porém, nunca pareceu a mim que eu era bem vindo em lugar algum. Sempre pareceu que as pessoas à minha volta rejeitavam minha presença. Por causa disso comecei a pensar que eu não tinha tanta sorte assim. Por conta disso, passei a considerar que a rejeição que eu sofria se devia à estupidez das pessoas, pois nunca fiu realmente ruim com ninguém.
Por acaso, em minha vida, de vez em quando me deparava com situações nas quais eu pensava que ia morrer. Quase acidentes de trânsito, quase afogamentos no mar, tiroteio do outro lado da rua, assaltos com direito a arma apontada na minha cara, etc. Por outro lado, ganhar prêmios em um bingo ou outro que acontecia não era difícil, assim como ver uma estrela cadente no céu por acaso (já vi quase 20 na vida). Já cheguei a pegar um palito premiado da Kibon Sorvane 3 vezes seguidas (comprei o picolé, veio o palito, troquei por outro, veio o palito, troquei por outro, veio o palito, troquei pelo último sem palito premiado). Depois disso, passei a pensar que eu tinha uma sorte anormal.
De alguma forma eu percebo que, quando estou feliz as pessoas à minha volta costumam ser abençoados por uma sorte significativa. Bem como quando estou miserável, o azar me cerca e atinge os outros também. Mas o irônico é que, quando as pessoas à minha volta estão felizes eu não sou abençoado com nada. E quando estão miseráveis eu também não sou atingido pelo azar dos outros. Eu ainda tento entender como isso funciona, mas não consegui muito resultado. Só consigo pensar que meu estado pode, de alguma forma, afetar o ambiente ao meu redor.
Ultimamente não sei o que o universo ou a vida anda aprontado comigo, mas estou me sentindo completamente sem sorte. Meu aniversário está chegando, mas de alguma forma isso não me anima nem um pouco. Ultimamente não consigo me animar muito com qualquer coisa, nem me interesso em me animar. Alguns podem dizer que estou depressivo, mas não sei se esse é o caso. Apenas não estou vendo graça em muita coisa e ando pensando que o mundo não tem muita esperança. Talvez a humanidade seja mesmo miserável e mereça essa miséria que nossa própria espécie construiu.
Ultimamente tenho pensado que minha sorte pode ter me abandonado, mas minha sorte é tão irônica que provavelmente eu devo estar enganado. Realmente minha sorte é tão irônica, que é capaz de eu ser atingido por uma metralhadora de azar antes que essa sorte volte a me sorrir algum dia. Eu acreditava que já tinha passado pelo inferno, mas eu estava enganado. A verdade é que o azar me persegue, do mesmo jeito que minha sorte gosta de brincar comigo. Não sei o que me aguarda, mas ultimamente não imagino que seja coisa boa. É possível que eu esteja enganado, mas esse não parece ser o caso. De qualquer forma, boa sorte pra quem tiver lido isso.
Por acaso, em minha vida, de vez em quando me deparava com situações nas quais eu pensava que ia morrer. Quase acidentes de trânsito, quase afogamentos no mar, tiroteio do outro lado da rua, assaltos com direito a arma apontada na minha cara, etc. Por outro lado, ganhar prêmios em um bingo ou outro que acontecia não era difícil, assim como ver uma estrela cadente no céu por acaso (já vi quase 20 na vida). Já cheguei a pegar um palito premiado da Kibon Sorvane 3 vezes seguidas (comprei o picolé, veio o palito, troquei por outro, veio o palito, troquei por outro, veio o palito, troquei pelo último sem palito premiado). Depois disso, passei a pensar que eu tinha uma sorte anormal.
De alguma forma eu percebo que, quando estou feliz as pessoas à minha volta costumam ser abençoados por uma sorte significativa. Bem como quando estou miserável, o azar me cerca e atinge os outros também. Mas o irônico é que, quando as pessoas à minha volta estão felizes eu não sou abençoado com nada. E quando estão miseráveis eu também não sou atingido pelo azar dos outros. Eu ainda tento entender como isso funciona, mas não consegui muito resultado. Só consigo pensar que meu estado pode, de alguma forma, afetar o ambiente ao meu redor.
Ultimamente não sei o que o universo ou a vida anda aprontado comigo, mas estou me sentindo completamente sem sorte. Meu aniversário está chegando, mas de alguma forma isso não me anima nem um pouco. Ultimamente não consigo me animar muito com qualquer coisa, nem me interesso em me animar. Alguns podem dizer que estou depressivo, mas não sei se esse é o caso. Apenas não estou vendo graça em muita coisa e ando pensando que o mundo não tem muita esperança. Talvez a humanidade seja mesmo miserável e mereça essa miséria que nossa própria espécie construiu.
Ultimamente tenho pensado que minha sorte pode ter me abandonado, mas minha sorte é tão irônica que provavelmente eu devo estar enganado. Realmente minha sorte é tão irônica, que é capaz de eu ser atingido por uma metralhadora de azar antes que essa sorte volte a me sorrir algum dia. Eu acreditava que já tinha passado pelo inferno, mas eu estava enganado. A verdade é que o azar me persegue, do mesmo jeito que minha sorte gosta de brincar comigo. Não sei o que me aguarda, mas ultimamente não imagino que seja coisa boa. É possível que eu esteja enganado, mas esse não parece ser o caso. De qualquer forma, boa sorte pra quem tiver lido isso.
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Calor infernal
Hoje está tão quente que o mau-humor é inevitável
Hoje faz um calor tão grande que beber água não é suficiente
Tomar banho alivia, mas até a água está fervendo
Num tempo como esse, até as sombras não são escuras o suficiente
O céu está tão azul, que dói na vista.
Nem os pássaros estão voando, com medo de torrar no sol
Mas a gente sabe quem provoca tudo isso
A gente sabe de onde sai a fumaça que nos sufoca
A gente sabe quem arrombou a camada de ozônio
A fumaça não vem dos cigarros
O ozônio não desintegrou só pra nos incomodar
Foi nosso desejo de conforto, que nos colocou nesse inferno
Porque tem gente que só anda de carro
Porque o dono da fábrica não quer gastar instalando filtros nas chaminés
Porque o conforto de alguns, sempre implicará na miséria de todos os outros
Afinal a estupidez ainda reina
O dinheiro ainda é mais valorizado que a vida
E a dor não significa nada, desde que não seja a nossa
Hoje faz um calor tão grande que beber água não é suficiente
Tomar banho alivia, mas até a água está fervendo
Num tempo como esse, até as sombras não são escuras o suficiente
O céu está tão azul, que dói na vista.
Nem os pássaros estão voando, com medo de torrar no sol
Mas a gente sabe quem provoca tudo isso
A gente sabe de onde sai a fumaça que nos sufoca
A gente sabe quem arrombou a camada de ozônio
A fumaça não vem dos cigarros
O ozônio não desintegrou só pra nos incomodar
Foi nosso desejo de conforto, que nos colocou nesse inferno
Porque tem gente que só anda de carro
Porque o dono da fábrica não quer gastar instalando filtros nas chaminés
Porque o conforto de alguns, sempre implicará na miséria de todos os outros
Afinal a estupidez ainda reina
O dinheiro ainda é mais valorizado que a vida
E a dor não significa nada, desde que não seja a nossa
terça-feira, 16 de abril de 2013
5 minutos por dia
Na faculdade, disciplina de Dramaturgia, o professor nos passou a tarefa de escrever 5 minutos por dia. Então aqui vai mais um dos textos que escrevi na época.
Sentado na
cadeira.
Era um vez um sujeito.
Ele acorda, ainda com sono.
Tem que resolver alguns assuntos.
Fazer pagamentos, dar uns telefonemas, etc.
Levanta-se da cama e vai para o sofá da sala.
Não se sente confortável e vai para a rede no terraço.
Tira um cochilo lá, mesmo tendo acabado de acordar.
Continua com sono.
Seu primo pequeno pede que ele coloque um filme de desenho animado.
Ele enrola o pirralho por 10 minutos e coloca o filme pra ele.
Ele olha o relógio. Já é razoavelmente tarde.
Resolve vasculhar na internet, como de costume.
Liga o computador, senta na cadeira e olha o e-mail.
Quando faz isso, lembra dos 5 minutos diários que ele tem de escrever.
Disciplina, afinal.
Cá estou eu. Sentado numa cadeira.
Ele acorda, ainda com sono.
Tem que resolver alguns assuntos.
Fazer pagamentos, dar uns telefonemas, etc.
Levanta-se da cama e vai para o sofá da sala.
Não se sente confortável e vai para a rede no terraço.
Tira um cochilo lá, mesmo tendo acabado de acordar.
Continua com sono.
Seu primo pequeno pede que ele coloque um filme de desenho animado.
Ele enrola o pirralho por 10 minutos e coloca o filme pra ele.
Ele olha o relógio. Já é razoavelmente tarde.
Resolve vasculhar na internet, como de costume.
Liga o computador, senta na cadeira e olha o e-mail.
Quando faz isso, lembra dos 5 minutos diários que ele tem de escrever.
Disciplina, afinal.
Cá estou eu. Sentado numa cadeira.
domingo, 14 de abril de 2013
Devaneio de um soldado insano
E ele se imaginou indo para a guerra
E se meteu entre os dois exércitos
Alguém grita pra ele
- O que está fazendo, seu retardado?
Ele não grita
Mas, meio que por milagre, todos podem ouví-lo
Suas palavras:
Venho, desarmado
Para esse campo de batalha
Pondo em risco negligente e insano
Minha vida, que é tudo o que tenho
Só para chamá-los de idiotas
Quem provoca a morte
É carregado por ela
Quem planta ódio, colhe dor
A causa de qualquer guerra
É a mais completa estupidez
. . .
Mesmo assim, guerrearam
E o soldado nunca mais voltou para a realidade.
E se meteu entre os dois exércitos
Alguém grita pra ele
- O que está fazendo, seu retardado?
Ele não grita
Mas, meio que por milagre, todos podem ouví-lo
Suas palavras:
Venho, desarmado
Para esse campo de batalha
Pondo em risco negligente e insano
Minha vida, que é tudo o que tenho
Só para chamá-los de idiotas
Quem provoca a morte
É carregado por ela
Quem planta ódio, colhe dor
A causa de qualquer guerra
É a mais completa estupidez
. . .
Mesmo assim, guerrearam
E o soldado nunca mais voltou para a realidade.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Catucando na internet
Passa um site
Passa outro...
Eita
Vou baixar esse negócio.
Clica no link
Vai para a página do negócio
Clica no link de download
Pula uma pop-up...
Fechar a pop-up
Protetor de link...
Protetor de link é o caralho.
Corta a url do protetor de link
[Enter]
Página do servidor
Free download
Espera 79 segundos...
Digita o código abaixo
ax007 sola0066
Clicar no link de download*
*Cuidado, há vários links falsos
Identificar se o arquivo não é um vírus pela extensão
Se for a extensão correta, [Salvar]
Escolher a pasta de destino
E esperar o download terminar.
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Se for a extensão correta, [Salvar]
Escolher a pasta de destino
E esperar o download terminar.
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Hoje eu não quero escrever
Minha cabeça gira
me dá sono
está calor
e estou com preguiça.
Não há nada que eu queira fazer no momento.
Nem escrever.
Eu posso estar escrevendo agora para manter a disciplina.
Mas eu não sou disciplinado.
Talvez seja só pelo vício...
Estou fazendo algo que gosto
Sem estar com vontade
Só pra alimentar um vício escroto...
Eu devo ser mesmo um imbecil.
Vou acender um cigarro por causa disso.
me dá sono
está calor
e estou com preguiça.
Não há nada que eu queira fazer no momento.
Nem escrever.
Eu posso estar escrevendo agora para manter a disciplina.
Mas eu não sou disciplinado.
Talvez seja só pelo vício...
Estou fazendo algo que gosto
Sem estar com vontade
Só pra alimentar um vício escroto...
Eu devo ser mesmo um imbecil.
Vou acender um cigarro por causa disso.
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Folha em branco
O primeiro passo da escrita é quebrar a barreira da folha em branco. Basicamente pensar em algo para escrever. A primeira frase é muito importante. Se não há um começo, não há mais nada. Por isso um papel em branco é tão incômodo. Aqueles que querem escrever, vêem nele um desafio e até se divertem pensando em como começar seu texto. Já aqueles que não querem... São os que mais sofrem com ele. Se alguém que não quer escrever está diante de um papel em branco é porque precisa escrever alguma coisa, mesmo contra a vontade de fazer aquilo.
Existem várias formas de se vencer um papel em branco.
- Você pode escrever qualquer porcaria, mesmo que apague depois. Uma vez que começa, é mais fácil de ter ideias e você pode pensar no que escrever sem o incômodo de não ter começado nada.
- Você pode só digitar a primeira letra da primeira palavra. Basta ir digitando letra por letra até achar uma que agrade. Com a letra, vem a palavra. Mesmo que comece com outra letra.
- Você pode pensar no que gostaria de fazer depois que terminar de escrever. Então basta acordar pra realidade de que quanto mais cedo você concluir, mais cedo estará livre. Ironicamente isso pode motivar bastante.
- Você pode pensar: "Foda-se, vou escrever qualquer merda!" e deixar o barro sair. Depois você modelar o barro e tenta transformar a merda que você escreveu em algo decente. Funciona comigo (às vezes).
- Aceite o vazio, tente sentir-se vazio, tente livrar-se de todos os pensamentos. Provavelmente não conseguirá, porque ninguém é vazio. Depois de tal reflexão, o papel não deverá ficar vazio por muito tempo.
Eu já passei horas diante de um papel em branco.
Costuma ser o momento em que mais ideias passam pela minha cabeça...
Até achar uma que sirva.
Uma vez um professor disse que no mundo já não existia nenhuma novidade. E que tudo o que se faz, já foi feito antes. Mesmo ressignificando as coisas, alguém já teve essa ideia antes de você.
Mas tem uma coisa.
Ser 100% original pode realmente ser impossível, uma vez que tudo o que nós façamos seja produto do que aprendemos. Mas é importante buscar a originalidade.
Dizer algo que alguém nunca disse pode ser impossível. Mas se você ao menos tentar ser original, pelo menos poderá achar uma maneira mais própria de dizer as coisas. Mesmo que você roube o conhecimento de outros, terá sua própria maneira de produzir os frutos desse conhecimento.
Aqueles que sequer tentam ser originais, não têm chance contra uma folha em branco.
Existem várias formas de se vencer um papel em branco.
- Você pode escrever qualquer porcaria, mesmo que apague depois. Uma vez que começa, é mais fácil de ter ideias e você pode pensar no que escrever sem o incômodo de não ter começado nada.
- Você pode só digitar a primeira letra da primeira palavra. Basta ir digitando letra por letra até achar uma que agrade. Com a letra, vem a palavra. Mesmo que comece com outra letra.
- Você pode pensar no que gostaria de fazer depois que terminar de escrever. Então basta acordar pra realidade de que quanto mais cedo você concluir, mais cedo estará livre. Ironicamente isso pode motivar bastante.
- Você pode pensar: "Foda-se, vou escrever qualquer merda!" e deixar o barro sair. Depois você modelar o barro e tenta transformar a merda que você escreveu em algo decente. Funciona comigo (às vezes).
- Aceite o vazio, tente sentir-se vazio, tente livrar-se de todos os pensamentos. Provavelmente não conseguirá, porque ninguém é vazio. Depois de tal reflexão, o papel não deverá ficar vazio por muito tempo.
Eu já passei horas diante de um papel em branco.
Costuma ser o momento em que mais ideias passam pela minha cabeça...
Até achar uma que sirva.
Uma vez um professor disse que no mundo já não existia nenhuma novidade. E que tudo o que se faz, já foi feito antes. Mesmo ressignificando as coisas, alguém já teve essa ideia antes de você.
Mas tem uma coisa.
Ser 100% original pode realmente ser impossível, uma vez que tudo o que nós façamos seja produto do que aprendemos. Mas é importante buscar a originalidade.
Dizer algo que alguém nunca disse pode ser impossível. Mas se você ao menos tentar ser original, pelo menos poderá achar uma maneira mais própria de dizer as coisas. Mesmo que você roube o conhecimento de outros, terá sua própria maneira de produzir os frutos desse conhecimento.
Aqueles que sequer tentam ser originais, não têm chance contra uma folha em branco.
domingo, 7 de abril de 2013
Ela disse: - Você está muito bêbado pra ficar comigo.
Eu respondo: Veja, minha filha. Não haveria outra condição de eu querer ficar com você, se não estivesse bêbado.
Eu pego no braço dela, levo até a saída.
Escorrego numa cadeira
E quase caio em cima de uma mesa.
Aponto pra ela e digo:
- Olhe, você não - me - empurre!
Eu respondo: Veja, minha filha. Não haveria outra condição de eu querer ficar com você, se não estivesse bêbado.
Eu pego no braço dela, levo até a saída.
Escorrego numa cadeira
E quase caio em cima de uma mesa.
Aponto pra ela e digo:
- Olhe, você não - me - empurre!
O moleque
Subiu pra pegar uma goiaba
Uma espingarda alguém apontou
E atirou sem fazer esforço
O moleque leva um tiro de caroço
Cujo olho esquerdo estourou
Então metade do mundo que via
Simplesmente não existia
Olhou pro fazendeiro
Sua raiva transbordava
Em um ataque sorrateiro
Roubou-lhe a maldita espingarda
Ao ver que não tinha bala, usou como porrete
Sem piedade, desceu-lhe o cacete
Até o homem cair
Não parava de bater
Sua raiva estava a gritar
E o seu sangue a ferver
Ao ver o homem caído, olhou em volta
Não viu ninguém
E pensando mais além
Foi embora amargurado
Depois de tanto esforço
Pegou a estrada torta
Restou-lhe uma goiaba no bolso
E a morte batendo à porta
Uma espingarda alguém apontou
E atirou sem fazer esforço
O moleque leva um tiro de caroço
Cujo olho esquerdo estourou
Então metade do mundo que via
Simplesmente não existia
Olhou pro fazendeiro
Sua raiva transbordava
Em um ataque sorrateiro
Roubou-lhe a maldita espingarda
Ao ver que não tinha bala, usou como porrete
Sem piedade, desceu-lhe o cacete
Até o homem cair
Não parava de bater
Sua raiva estava a gritar
E o seu sangue a ferver
Ao ver o homem caído, olhou em volta
Não viu ninguém
E pensando mais além
Foi embora amargurado
Depois de tanto esforço
Pegou a estrada torta
Restou-lhe uma goiaba no bolso
E a morte batendo à porta
sexta-feira, 5 de abril de 2013
Compasso
Meses atrás estava entediado
Eis que encontro um compasso
O havia comprado para usar na faculdade
Mas acabei nem precisando e ele ficou guardado
Por muito tempo...
Até agora.
Resolvi fazer alguma coisa com ele
Olhei para a parede do meu quarto
Desehei um cículo
E outro
E outros
Olhei para a aquarela...
E gastei um bocado do meu tempo
Hoje sou grato ao compasso
Por duas coisas
A parede está mais interessante
E por vários dias
Não senti tédio.
Eis que encontro um compasso
O havia comprado para usar na faculdade
Mas acabei nem precisando e ele ficou guardado
Por muito tempo...
Até agora.
Resolvi fazer alguma coisa com ele
Olhei para a parede do meu quarto
Desehei um cículo
E outro
E outros
Olhei para a aquarela...
E gastei um bocado do meu tempo
Hoje sou grato ao compasso
Por duas coisas
A parede está mais interessante
E por vários dias
Não senti tédio.
Caldo de cana
Um dia desses
Fui pagar contas no banco
Peguei o caminho da praia
Passei na barraquinha de
caldo de cana
Ignorei-a
Cheguei no banco, paguei
as contas
Voltei pela praia
Parei na barraca e tomei
um caldo de cana
Olhei para o mar
Parecia caldo de cana
Deu vontade de pular
Não pulei
As aparências não me
enganam mais...
Passando o tempo - 5 minutos por dia
11:45h
Hoje é um daqueles dias que não vem nada na cabeça.
Por isso eu estou simplesmente enrolando aqui enquanto passam os 5 minutos diários de escrita.
Afinal, nossos dias não são compostos apenas de genialidade.
Além do mais, eu estou morrendo de preguiça de fazer qualquer coisa.
Escrever é uma dessas. Não que eu esteja reclamando do que eu estou fazendo agora.
Mas, pelo menos por hoje, eu não pretendo escrever mais do que esses 5 minutos.
Eu poderia procurar no computador qualquer coisa para copiar e colar.
Mas não estou com vontade de fazer isso hoje.
Hoje eu quero apenas passar o tempo...
. . .
Passando o tempo...
. . .
Falta 1 minuto...
. . .
. . .
. . . 1 minuto depois,
11:50h
Hoje é um daqueles dias que não vem nada na cabeça.
Por isso eu estou simplesmente enrolando aqui enquanto passam os 5 minutos diários de escrita.
Afinal, nossos dias não são compostos apenas de genialidade.
Além do mais, eu estou morrendo de preguiça de fazer qualquer coisa.
Escrever é uma dessas. Não que eu esteja reclamando do que eu estou fazendo agora.
Mas, pelo menos por hoje, eu não pretendo escrever mais do que esses 5 minutos.
Eu poderia procurar no computador qualquer coisa para copiar e colar.
Mas não estou com vontade de fazer isso hoje.
Hoje eu quero apenas passar o tempo...
. . .
Passando o tempo...
. . .
Falta 1 minuto...
. . .
. . .
. . . 1 minuto depois,
11:50h
Nota de Abertura
Estou iniciando esse blog para publicar textos de minha autoria. Acredito que seja um momento propício para isso. O conteúdo e formato dos textos será bastante variável. Pretendo atualizá-lo sempre que eu escrever algo. Também postarei textos escritos anteriormente à criação do blog (no momento todos, exceto esta nota). Desejo a todos, uma boa leitura.
O texto a seguir foi escrito ontem pela manhã, sendo a coisa mais recente que escrevi.
DIREITOS HUMANOS
Durante a história da humanidade nunca ouvi falar de alguém com poder nas mãos que respeitasse, de fato, os direitos das pessoas. Enquanto houver poder, a noção de direito será sempre variável e manipulada pelos poderosos. Quando me perguntam minha posição política, não costumo dar uma resposta clara. Mas a verdade é que eu simpatzo fortemente com o Anarquismo. Ao contrário do que se prega, Anarquismo não significa jogar tudo pro ar e tornar o mundo um caos desesperado.
Durante a história da humanidade nunca ouvi falar de alguém com poder nas mãos que respeitasse, de fato, os direitos das pessoas. Enquanto houver poder, a noção de direito será sempre variável e manipulada pelos poderosos. Quando me perguntam minha posição política, não costumo dar uma resposta clara. Mas a verdade é que eu simpatzo fortemente com o Anarquismo. Ao contrário do que se prega, Anarquismo não significa jogar tudo pro ar e tornar o mundo um caos desesperado.
A
filosofia anarquista entende a própria noção de poder como algo nocivo e
prega que essa é a natureza da maioria dos problemas da humanidade.
Quando o poder cai nas mãos de pessoas estúpidas (que tem aos montes por
aí), podemos testemunhar absurdos como um fanático religioso (de uma
religião de mercado, onde milagres são vendidos) presidindo a comissão
de direitos humanos do país.
O ser humano nunca soube lidar muito bem com o
poder. Nossa própria espécie oprime de forma esmagadora todas as outras
formas de vida no planeta, ao ponto que isso se torna uma ameaça a
nós mesmos e põe em risco o futuro que teremos quando os recursos
naturais se esgotarem (e não falta tanto assim).
Uma vez um amigo disse que o Brasil se tornar um país de maioria evangélica não só era preocupante, como também perigoso. O perigo do poder nas mãos dos pastores evangélicos é que eles são, em sua maioria, intolerantes e alienadores. Como nós vemos, eles pregam que tudo o que não é de sua religião é obra do demônio. Alguém com esse tipo de pensamento não levará em consideração direitos humanos, caso acreditem que estão diante do satanás.
Portanto a grande luta que se deve travar não se trata de defender os direitos de um grupo ou de outro, mas de lutar contra aqueles que nunca respeitaram os direitos de ninguém. Trata-se de lutar contra quem usa do poder para oprimir e subjugar os outros. Assim, não apenas os grupos sociais como todo o mundo pode ter a chance de um futuro mais decente.
Uma vez um amigo disse que o Brasil se tornar um país de maioria evangélica não só era preocupante, como também perigoso. O perigo do poder nas mãos dos pastores evangélicos é que eles são, em sua maioria, intolerantes e alienadores. Como nós vemos, eles pregam que tudo o que não é de sua religião é obra do demônio. Alguém com esse tipo de pensamento não levará em consideração direitos humanos, caso acreditem que estão diante do satanás.
Portanto a grande luta que se deve travar não se trata de defender os direitos de um grupo ou de outro, mas de lutar contra aqueles que nunca respeitaram os direitos de ninguém. Trata-se de lutar contra quem usa do poder para oprimir e subjugar os outros. Assim, não apenas os grupos sociais como todo o mundo pode ter a chance de um futuro mais decente.
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